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Foto do escritorIpê Amarelo Ateliê

Fases do processo psicoterapêutico: uma ampliação sobre a experiência de análise


O caminho que é traçado na análise é extremamente subjetivo, único e pessoal. É um caminho que se forma no decorrer da caminhada, a medida em que damos um passo, alguns mais à frente começam a se mostrar.


Mas genericamente, podemos projetar alguns processos que são importantes de entrarmos em contato, como em um primeiro momento, uma compreensão da nossa condição e forma de lidar com a vida: como olhamos para o mundo, quais são nossas impressões e como isso nos tem guiado, como isso influência nossa história.


A medida em que compreendemos melhor a nossa dinâmica de funcionamento psicológico, começamos a conseguir sustentar um pouco mais as nossas sombras, olhar para o que até então desconhecíamos, e nosso caminho começa a ter mais trechos iluminados, mais amplo e o nosso campo de visão fica um pouco menos nebuloso.


Então a nossa jornada simbólica dá um próximo passo, nesse momento o chamado da nossa alma já foi ouvido, não necessariamente compreendido, mas sabemos que algumas coisas precisam ser desconstruídas para que ganhem novos formatos, simbolicamente algumas coisas precisam encerrar seu ciclo para que outras renasçam.


Com um campo de visão mais amplo e mais ferramentas conquistadas ou descobertas nesse processo, contemplamos uma atuação um pouco mais autônoma diante dos nossos conflitos, notamos que temos um posicionamento mais crítico e consciente, o que nos permite transformar nossos materiais com mais intencionalidade.


Em um espaço protegido, encaramos nossa nudez simbólica, nossas vulnerabilidades, dores, medos, mas também nossas maiores potências, começamos a evocar em nós mesmos nosso terapeuta e curador interno. Encaramos um mundo interno e externo mais realista. Encontramos nossas joias mais preciosas.

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